As ações em saúde direcionadas ao homem vêm sendo discutida pelo Ministério da Saúde desde o ano de 2009, visto que a população masculina está exposta frequentemente à riscos seja dentro ou fora de seu ambiente. Esse fator justifica a importância de olharmos não somente para a saúde do homem no seu convívio social, mas para aqueles em situações de cárcere, mostrando uma realidade desconhecida pela sociedade, abordando os aspectos que favorecem a alta incidência de problemas de saúde. Esse trabalho tem como finalidade conhecer e abordar as condições dos detentos da Central de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ) da cidade de Imperatriz-Ma. Trata-se de um estudo de campo com abordagem quanti-qualitativa, descritiva e exploratória com embasamento bibliográfico, no período de abril á junho de 2011. Os resultados obtidos foram analisados, evidenciando uma realidade precária vivida pelos detentos, em que 83% dos mesmos afirmam que suas celas não oferecem condições dignas para o cumprimento da pena. Identificou-se também durante a pesquisa, que não há a existência de uma equipe multiprofissional em saúde, confirmado por 87% dos detentos entrevistados. Analisou-se que 97% dos presos sentem-se angustiado, solitário e vazio. Diante disso, concluímos que a condição de cárcere não é justificativa para um descaso nos cuidados em saúde e que há uma extrema necessidade de ações que proporcionem meios para beneficiar a qualidade de vida e saúde dos confinados da CCPJ.