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Anais - 15º CBCENF

Resumo

Título:
EFEITOS DA URBANIZAÇÃO NOS CASOS DE INTOXICAÇÃO POR ARANHAS E ESCORPIÕES NO BRASIL
Relatoria:
DAYANNE DA SILVA FREITAS
Autores:
  • Lucian da Silva Viana
  • Agostinha Pereira Rocha Neta
  • Augusto Jader de Oliveira Santos
  • Caius César Araújo Melo
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Determinantes de vida e trabalho
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A importância dos acidentes por animais peçonhentos para a saúde pública pode ser expressa pelos mais de 100 mil acidentes e quase 200 óbitos registrados por ano, decorrentes dos diferentes tipos de envenenamento. A alta incidência está diretamente ligada ao agente aranha e escorpião, por seus hábitos alimentares, sua alta taxa de reprodução e proliferação, bem como comportamento e adaptação. Tais fatos, aliados às circunstâncias atuais geradas pelo homem, propiciam o agravamento da situação, em que o controle dos aracnídeos não é bem exercido, na zona rural e principalmente, na zona urbana (BRASIL, 2009). OBJETIVO: Analisar os casos de intoxicação por aranhas e escorpiões em relação à zona de ocorrência e verificar os efeitos da urbanização nesse contexto. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo ecológico descritivo sobre os casos de intoxicação por aranhas e escorpiões registrados em 2009 pelo Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINITOX). Esse sistema de informação tem como principal atribuição coordenar a coleta, a compilação, a análise e a divulgação dos casos de intoxicação e envenenamento notificados no país. A análise foi feita segundo os casos gerais de intoxicação por animais peçonhentos, com enfoque nos casos de intoxicação por aranhas e escorpiões, levando em consideração a zona de ocorrência e regiões do país. RESULTADOS: Em relação ao total (25.581) dos casos de intoxicação por animais peçonhentos em 2009, percebe-se que 59,79% acontecem em áreas urbanas e 36,35% em áreas rurais. Em relação a intoxicação por aranhas (3.592) e escorpiões (11.551), 66,68% e 66,54%, respectivamente, acontecem em áreas urbanas, sendo a primeira registrada principalmente na região sul (51,61%) e a segunda na região nordeste (41,72%) do país, em detrimento com as áreas rurais que obtiveram índices de 31,03% e 28,45%, em relação a intoxicação por aranhas e escorpiões, respectivamente. CONCLUSÃO: A presença de aranhas e escorpiões em áreas urbanas é uma consequência do processo de urbanização desencadeado pelo homem e, apenas com um crescimento mais consciente e controlado do espaço será possível a coabitação entre aracnídeos e homem. É fundamental a execução de campanhas educativas na elaboração de cartilhas, folhetos, atividades lúdicas nas comunidades, escolas e na mídia em geral, visando uma melhoria nas ações de Vigilância e Promoção à Saúde.