Anais - 15º CBCENF
Resumo
Título:
PERCEPÇÕES ACERCA DOS ASPECTOS EMOCIONAIS DO PACIENTE HEMATOLÓGICO HOSPITALIZADO
Relatoria:
BÁRBARA DE ABREU VASCONCELOS
Autores:
- CLEIDE DE SOUSA ARAÚJO
- CAMILA MACIEL DINIZ
- MONA LISA MENEZES BRUNO
- MARIA DALVA SANTOS ALVES
Modalidade:
Pôster
Área:
Determinantes de vida e trabalho
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: O paciente hematológico hospitalizado, em decorrência do estado de saúde fragilizado, encontra-se privado de realizar suas atividades habituais. Tal panorama pode favorecer o surgimento de eventos psíquicos como depressão e ansiedade, que se não detectados e tratados, podem comprometer a terapêutica. OBJETIVOS: Descrever a experiência de visita hospitalar e uso de recurso terapêutico ao paciente hematológico, destacando aspectos de sua saúde emocional e psíquica. METODOLOGIA: Estudo descritivo do tipo relato de experiência, realizado em maio de 2012, na Unidade de Hematologia de uma Instituição Hospitalar localizada no município de Fortaleza-Ce. Consistiu em uma visita que resultou na interação de acadêmicos de Enfermagem com pacientes hospitalizados que foram escolhidos intencionalmente de acordo com a indicação da enfermeira da unidade. Inicialmente, a partir do diálogo, buscou-se o conhecimento da história do paciente tendo como foco aspectos de sua vida antes e após a doença, seus sentimentos em relação ao prognóstico, e aos profissionais que lhes assistiam. Em seguida, foi proposta a realização de atividade lúdica que possibilitava o uso da criatividade e estimulava a autonomia. RESULTADOS: A partir do diálogo, constatou-se que os pacientes estavam em idade produtiva e com domicílio no interior do Estado. Havia privação do convívio familiar e da realização de atividades habituais, tais como: trabalho, estudo e participação em grupos comunitários e religiosos. Observaram-se sentimentos otimistas com relação ao prognóstico e tratamento, mas também relatos e sinais de ansiedade, impotência e insegurança, em parte relacionados com o ambiente hospitalar. Com relação aos profissionais, relataram que a maioria era atenciosa e se comunicava efetivamente. A atividade lúdica consistiu em decorar latas e caixas de madeira que ficariam em posse dos pacientes. O interesse e envolvimento com a atividade foi crescente com o tempo e observou-se que os pacientes sentiam-se felizes em poder construir algo, usar a criatividade, e expressar seus sentimentos. CONCLUSÃO: A hospitalização e complexidade do regime terapêutico exigem do paciente hematológico alto grau de comprometimento, pois dependem constantemente de apoio e orientações por parte da família e também dos profissionais envolvidos. É imprescindível que todos estejam atentos a quaisquer alterações comportamentais e que estejam dispostos e aptos a oferecer suporte emocional e psicológico ao paciente.