As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs) representam um dos principais problemas de saúde pública mundial. A Organização Mundial da Saúde aponta que as DCNTs já são responsáveis por 58,5% de todas as mortes ocorridas no mundo e, segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, em 2008, responderam por 62,8% do total das mortes por causa conhecida. Fatores de risco comuns e potencialmente modificáveis como, carência de uma dieta saudável, sedentarismo e tabagismo explicam a maior parte dessas mortes, que são expressas apor meio de fatores de risco intermediários como: Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), Diabetes Mellitus (DM) e obesidade. Dessa forma, o objetivo do estudo é discorrer acerca de ações de educação em saúde na prevenção e controle de doenças crônicas não transmissíveis- HAS, DM e obesidade. Trata-se de um estudo exploratório e descritivo, com abordagem ancorada no relato de experiência, realizado com alunos do ensino infantil ao médio, das escolas públicas municipais e estaduais, do município de Jaçanã-RN, dentro do Programa Saúde na Escola (PSE), dos Ministérios da Saúde e da Educação, e com os usuários cadastrados no Programa HIPERDIA das três equipes de saúde da família do referido município. As ações de educação em saúde foram realizadas nos meses de setembro a novembro de 2009. Nas escolas, com os alunos, foram desenvolvidas atividades variadas como, paródia de músicas, dança, espetáculo teatral e confecção de cartazes informativos planejados junto com os professores. Ao final dessas atividades foi realizado um evento com os usuários cadastrados no Programa HIPERDIA e com os profissionais de saúde, que iniciou com uma caminhada para o ginásio poliesportivo do município; em seguida foi oferecido um café da manhã com frutas, apresentações de alguns dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos das escolas, palestra sobre a importância de hábitos de vida saudável, aferição de pressão arterial e de glicemia capilar, distribuição de Kits de higiene dental e um bingo regado a forró pé serra. Com essas ações de educação em saúde os participantes se sentiram acolhidos, surpresos e estimulados diante de formas diferenciadas de como se autocuidar; professores e alunos puderam ter mais um momento de ensino-aprendizado ativo, reflexivo e criativo e os profissionais de saúde estreitaram ainda mais o vínculo com a comunidade/sociedade. Portanto, as equipes multiprofissionais devem estimular comportamentos saudáveis ou alteração de condutas prejudiciais.