INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença de natureza multifatorial e multisistêmica, fonte de inquietação para os gestores de saúde por representar riscos para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. A profissão de Policial Militar está sujeita a vários fatores estressantes, associados a outros intrínsecos e extrínsecos que poderão ajudar na gênese do desenvolvimento de várias patologias, especialmente à hipertensão. OBJETIVO: Identificar os fatores de risco para Hipertensão Arterial Sistêmica nos Policiais Militares de Picos- PI. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo e transversal, com abordagem quantitativa. A coleta de dados foi realizada com 91 policiais militares, através de um formulário semi-estruturado, no período de agosto e setembro de 2011. Para organização dos dados foi utilizado o programa Statical Package for Social Sciences versão 17.0, sendo os achados apresentados por meio de tabelas e gráficos, e analisados a partir da literatura específica. RESULTADOS: Ocorreu uma predominância do sexo masculino (75,8%), de uma faixa etária compreendida entre 19 e 24 anos (57,1%), possuindo uma renda familiar entre 1000 e 4999 reais (94,5%), percebeu-se ainda que o estado civil solteiro foi o prevalente (60,4%), assim como a patente mais presente foram os soldados (85,7%). Em relação às características clínicas na sua maioria os policiais apresentam uma pressão arterial caracterizada como normal (51,6%), e um índice de massa corpórea compreendido entre 18,5 e 24 kg/m2, apresentado por 63,7% da população. Nos antecedentes familiares, a hipertensão arterial sistêmica foi o fator mais predominante- 57 (62,6%). Ao se investigar o padrão alimentar, a prática de atividades físicas, o estresse e os hábitos, constatou-se que 78 (85,7%) não adicionam sal aos alimentos, 79,1% praticam atividades físicas, 87,9% não fumam, e 68,1% dos policiais militares não se estressam com facilidade; mas em contrapartida 84,6% consumem frituras, 53,8% fontes industrializadas de sal, 76,9% fazem uso do café, e 68,1% consomem bebidas alcoólicas. CONCLUSÃO: A partir da análise dos dados pode-se concluir a diversidade de fatores que predispõe a hipertensão, entre os policiais militares, possibilitando aprofundar o conhecimento nesta categoria, necessitando assim, sensibilizar intensamente os profissionais enfermeiros para práticas de educação em saúde neste público tão vulnerável, evitando o aparecimento de complicações mais graves.