INTRODUÇÃO: A violência contra crianças é crescente em nosso País e no mundo. Maus tratos em geral ocorrem no local em que se espera a segurança, o conforto, a esperança do convívio familiar sadio, harmonioso e adequado. Os maus tratos podem ser físicos, abusos sexuais, emocionais e intoxicações propositais, que ocorrem na família, em instituições e na comunidade local. OBJETIVO: Analisar o conteúdo das publicações sobre maus-tratos e violência em crianças presente nos periódicos da base de dados LILACS. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica realizada nos periódicos indexados na base de dados LILACS. Para coleta dos dados foi utilizado um formulário contendo informações sobre: título, fonte, periódico, ano de publicação, método utilizado e objeto de estudo. Os dados foram obtidos utilizando-se os descritores de assunto criança, maus-tratos infantis e violência. Utilizou-se como critério de exclusão não ter sido publicado nos últimos 05 anos. Foram encontrados 56 artigos, mas, após leitura detalhada, apenas 18 estavam de acordo com os critérios de elegibilidade. RESULTADOS: Com relação ao periódico, o que concentrou a maior quantidade de trabalhos foi a Ciência e saúde coletiva, com 04 das publicações. O ano que obteve a maior quantidade de publicações foi 2009, com 06 publicações. O método de abordagem mais utilizado foi o qualitativo, presente em 15 publicações. Enquanto que o conteúdo temático mais estudado foi os maus-tratos na infância realizados em domicílio com 06 das publicações. Vale ressaltar que houve uma variedade muito grande de conteúdos temáticos, dentre os quais: epidemiologia das notificações dos casos de violência; negligencia dos familiares em tratamentos medicamentosos da criança; prevenção de situações de violência; características da violência física e sexual; condições de vulnerabilidade. CONCLUSÃO: Este trabalho revelou que a maioria dos maus-tratos se inicia em casa, por isso a necessidade de maior produção e/ou divulgação do conhecimento produzido com vistas a favorecer a conscientização dos familiares para que possam melhorar as formas de cuidado domiciliar. Assim, também revelou que os profissionais de saúde devem estar atentos a esses casos para que possam aumentar a humanização da assistência a fim de amenizar o sofrimento dessas crianças.