O câncer é uma neoplasia maligna formada a partir de mutações hereditárias ou adquirida pelo DNA de um grupo de células que apresentam comportamento anormal, e têm a capacidade de se desprender do tumor e migrar, através da circulação sanguínea e/ou linfática, para outros tecidos e órgãos. Essa neoplasia é considerada de bom prognóstico, se diagnosticada e tratada precocemente. A recidiva é uma complicação que pode ocorrer nos 20 anos seguintes ao tratamento, embora 90% dos casos apareçam entre dois e cinco anos. O trabalho teve como objetivo, quantificar o número de casos de recidiva ou metástase em mulheres que realizaram o tratamento para o câncer de mama em 2005 e retornaram após 3 anos. A pesquisa se caracterizou por ser do tipo exploratória, descritiva com abordagem quantitativa, realizada no Hospital São Marcos, que é referência na prevenção, diagnóstico e tratamento oncológico. A população desse estudo foi composta por 436 mulheres diagnósticadas e tratadas com câncer de mama no ano de 2005. Para a coleta dos dados utilizou-se um formulário, onde os mesmos foram coletados nos meses de julho a setembro de 2010 pelos pesquisadores e foram organizados no software Excel 2007. Foram respeitados os critérios da Resolução 196/1996 do Conselho Nacional de Saúde. O presente estudo envolveu 436 mulheres diagnosticadas com câncer de mama e tratadas no ano de 2005. Observou-se que das 436 mulheres que foram diagnosticas e tratadas em 2005, apenas 199 retornaram para nova avaliação e proservação. Os dados coletados indicaram que apenas 9,5% das mulheres que foram diagnosticadas e tratadas no ano de 2005 e retornaram em 2008 tiveram recidiva de câncer de mama e 89,9 % dessas mulheres não apresentaram recidiva ou metástase. Observou-se que o percentual de metástases (16,1%), foi maior em relação ao de recidiva (9,5%). Os dados indicaram que 71,87% das mulheres diagnosticadas com câncer de mama no ano de 2005 tiveram metástase nos ossos. A faixa etária acometida pelo câncer de mama foi de mulheres entre 40 e 50 anos, cerca da metade da população diagnosticada em 2005 não retornou após três anos (2008) para exames de rotina e monitoramento, a recidiva de cãncer de mama após tratamento foi positiva para um número reduzido de mulheres, a presença de metástase após três anos de tratamento foi positiva para 16% das pacientes e maior em relação ao número de recidivas, a presença de metástase após tratamento ocorreu em maior incidência nos ossos.