INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença crônica que acomete indivíduos das mais variadas classes sociais e faixas etárias. Trata-se de uma condição clínica multifatorial e se caracteriza pelos elevados níveis de pressão gerados pelo aumento do volume sanguíneo sobre as paredes dos vasos. O desenvolvimento de ações educativas não está limitado apenas a um setor ou categoria, a intersetorialidade se caracteriza como peça chave para que não haja a fragmentação do processo e divisão de responsabilidades, impossibilitando a visualização do resultado final das ações interventivas e a dúvida sobre a eficácia de ações dispersas. OBJETIVO: Discutir a articulação da enfermagem no desenvolvimento de ações de educação em saúde junto à população, particularmente a portadores de hipertensão arterial. METODOLOGIA: A ação aconteceu na Casa da Nossa Gente, Bairro Belo Horizonte, no Município de Mossoró/RN. A instituição desenvolve ações que visam oferecer momentos de lazer e confraternização entre os idosos assistidos da comunidade. A equipe ofertou a quarenta idosos que estavam na Casa da Nossa Gente a aferição de pressão arterial, medição da circunferência abdominal, e em momento posterior, uma conversa dialógica abordando a HAS, os fatores de riscos, medidas preventivas, formas de controle e possíveis associações assim como experiências vivenciadas pelos idosos e/ou conhecidos. RESULTADOS: Na ação, foram aferidas a pressão arterial e circunferência abdominal de 40 idosos, em que verificou-se cerca de 90% com a pressão sistólica acima de 140 mmHg e a diastólica acima de 90 mmHg e circunferência abdominal maior que 88 cm. A maioria dos idosos referiram já serem hipertensos e/ou diabéticos, fazerem acompanhamento médico e/ou uso de medicação, dieta ou exercício físico em alguns casos. Com base nos resultados obtidos foram feitas orientações, construções e reconstruções de saberes por parte de conversas em grupo. CONCLUSÃO: A educação em saúde enquanto estratégia de promoção à saúde é de grande importância para a qualidade de vida dos sujeitos percebidos com hipertensão arterial. Percebeu-se então, que o profissional da saúde deve tornar o paciente um participante do seu processo saúde-doença e fazê-lo perceber ser capaz de modificar não só sua condição de saúde, mas também sua posição diante da sociedade.