Anais - 15º CBCENF
Resumo
Título:
USO DO CORTISOL SALIVAR COMO MARCADOR BIOLÓGICO DE ESTRESSE OCUPACIONAL EM PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM
Relatoria:
MARCIA TELES DE OLIVEIRA GOUVEIA
Autores:
- JULIANE ROBERTA DIAS TORRES
- MARIA LÚCIA DO CARMO CRUZ ROBAZZI
- CYNTHIA ROBERTA DIAS TORRES
- MÁRCIA ASTRÊS FERNANDES
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Determinantes de vida e trabalho
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
O estresse corresponde a um fator altamente incapacitante ao trabalhador, interferindo de modo decisivo na sua vida pessoal, social, econômica e profissional, prejudicando a produtividade e a qualidade da assistência. A exposição a situações estressantes age como gatilho para secreção de cortisol, a qual, a longo prazo, é potencial causadora de efeitos psicofisiológicos deletérios. Objetivou-se analisar a produção científica acerca da utilização do cortisol como marcador biológico de estresse ocupacional em profissionais de enfermagem. Trata-se de uma revisão integrativa, baseada na seguinte questão norteadora: qual a perspectiva do uso do cortisol como marcador biológico de estresse ocupacional em profissionais de enfermagem? A amostra foi obtida através de pesquisa na base de dados PubMed no mês de abril de 2012 com os descritores: ‘hidrocortisona, ‘enfermagem’ e ‘estresse ocupacional’. Estabeleceu-se como limite para a pesquisa o critério ‘humanos’. A amostra correspondeu a 32 artigos, dos quais 16 (50,0%) foram publicados entre 2007 e 2011. Em relação ao país de origem, 12 artigos (37,5%) eram dos EUA. Ressalta-se a inexistência de estudos provenientes do Brasil. Após leitura criteriosa dos estudos, emergiram duas categorias: (1) medida de cortisol salivar como marcador biológico de estresse e (2) aferição do cortisol salivar como marcador de estresse ocupacional em profissionais de enfermagem. Em todos os grupos pesquisados foram aplicadas escalas de estresse de acordo com a situação específica, como a Chronic Stress Screening Scale (CSSS) e Maslach Burnout Inventory (MBI) para auto-percepção de estresse em enfermeiros. Variáveis como sexo, idade, turnos de trabalho, uso de contraceptivos, tabagismo e consumo de cafeína também foram pesquisadas entre os profissionais de enfermagem. Os profissionais de enfermagem que participaram dos estudos apresentaram níveis de cortisol maiores em relação à população geral, o que confirma ser esta uma profissão exposta aos efeitos psicofisiológicos de condições de trabalho estressantes. A medida do cortisol salivar é uma ferramenta barata e não-invasiva, oferecendo vantagens sobre a dosagem do cortisol sérico. Este marcador mostrou-se fidedigno para quantificação do estresse ocupacional em profissionais de enfermagem, demonstrando sua utilidade no rastreio de condições de risco para doenças relacionadas ao estresse nessa população.