INTRODUÇÃO: A doença vascular cerebral é a segunda causa de morte no mundo. No Brasil, são a primeira causa de morte (cerca de 90.000 óbitos por AVC/ano). No Piauí, em 2009, as doenças cerebrovasculares foram a primeira causa em número de mortes e a taxa de mortalidade específica (número de mortes a cada 100.000 habitantes) a terceira maior dentre os estados brasileiros. A enfermeira tem um importante compromisso ao atuar como agente educadora em saúde, devendo intervir para mudar essa realidade. OBJETIVOS: Relatar a experiência das enfermeiras na prevenção primária e secundária do Acidente Vascular Cerebral em Teresina-PI, através do projeto Pense Bem AVC. MATERIAL/MÉTODOS: Trata-se de um relato de experiência das enfermeiras envolvidas no projeto Pense Bem AVC de Teresina-PI, criado em 2007, devido ao grande impacto econômico e social desta doença. O projeto coordena ações de promoção à saúde, prevenção de lesões vasculares cerebrais e sua reabilitação. As enfermeiras levam uma mensagem educativa para a população, informando-a sobre as formas de prevenção do Acidente Vascular Cerebral, a importância do controle dos fatores de risco da doença, seus sinais e sintomas. RESULTADOS: O projeto já realizou palestras educativas sobre o tema em várias comunidades de Teresina, visita escolas e empresas da capital, promove e participa eventos educativos e de capacitação para profissionais de saúde, realiza o atendimento diferenciado de hipertensos e diabéticos assistidos pela Estratégia Saúde da Família no bairro Poti Velho, classificando-os em graus de risco para doenças cerebrovasculares. Mantém um “Grupo de apoio ao abandono do sal, açúcar e gordura”, para idosos, obesos e dislipidêmicos, grupos de risco para o AVC. Além de participar também de um Grupo Anti-tabagismo nesta comunidade. CONCLUSÕES: Trabalhos comprovam que o Acidente Vascular Cerebral pode ser prevenido através do controle dos fatores de risco na atenção básica à saúde, e isso deve ser feito através do gerenciamento do cuidado, da promoção de estratégias de educação e do apoio para o desenvolvimento do auto-cuidado. Ações educativas são elementos-chaves na promoção da saúde e a enfermeira deve ser uma educadora neste sentido. Programas e ações nesse aspecto podem produzir a redução na freqüência de casos da doença, através das mudanças no estilo de vida, e a redução das sequelas, pelo reconhecimento dos sintomas e procura imediata do serviço de saúde.