O diabetes mellitus gestacional (DMG) é uma patologia que assola mulheres grávidas trazendo riscos para a saúde do binômio mãe e feto, podendo provocar graves consequências se não tratada e identificada precocemente. Isso ocorre devido à intolerância a carboidratos, resultando em hiperglicemia de gravidade variável, com início ou diagnóstico durante a gestação. Assim, essa pesquisa tem como objeto de estudo o conhecimento produzido sobre a DMG no Brasil divulgado em base de dados. Na busca de responder o problema da pesquisa, surgiram os seguintes objetivos: levantar e descrever a produção científica disponível sobre DMG publicadas no Brasil no período de 2007 a 2011. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, realizada na base de dados LILACS nos meses de março a maio de 2012, utilizou-se como critérios de inclusão artigos publicados no período entre 2007 a 2011, na língua portuguesa, que apresentassem resumos e o texto na integra disponíveis gratuitamente online e que abordem a temática da DMG. Ao analisar os artigos científicos brasileiros escolhidos, percebeu-se que as revistas científicas brasileiras que mais publicaram sobre a temática da DMG, no período dos últimos cinco anos, foram a Revista Brasileira de Obstetrícia e Ginecologia, Revista de Saúde Pública, Revista de Nutrição e diversas outras revistas diferentes. Notou-se que a incidência de DMG duplicou nos últimos oito anos, em paralelo com a epidemia de obesidade, com risco elevado de desenvolvimento do Diabete mellitus tipo 2 na mãe e na prole. A atenção integrada à gestante com diagnóstico de DMG é de fundamental importância para diminuir as possíveis complicações advindas desta condição clínica. Devem ser oferecidos orientação nutricional, controle metabólico, insulino-terapia, prática de atividade física, assistência pré-natal e avaliação do bem estar fetal. A intervenção nutricional é uma significante recomendação no controle do DMG, acarretando benefícios à saúde materno-fetal. A análise bibliográfica mostrou que as ideias defendidas pelos autores convergem para a seguinte afirmação: ser de etnia não branca aliada à maior idade, maior IMC e a história familiar de diabetes mellitus deve ser considerado como fator de sugestão de rastreamento para diabetes mellitus gestacional, esses fatores devem ser usados como guia para atenção individualizada à paciente.