INTRODUÇÃO: A mulher deve ser atendida de forma integral ao longo de todos os seus ciclos de vida, desde a menarca até o climatério, respeitando seus direitos reprodutivos e sexuais. Para tanto, a enfermagem dispõe de recursos que auxiliam na prestação dessa assistência. OBJETIVO: Deste modo, este estudo busca compreender as limitações encontradas pela enfermagem na implementação de ações que valorizem as tecnologias em saúde propostas por Merhy. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura nacional referente à temática apresentada. O levantamento bibliográfico foi realizado somente em periódicos nacionais no período de 15 de maio a 17 de abril de 2012 e indexados nas seguintes bases de dados: LILACS, DEDALUS, SCIELO, que estivessem disponíveis na íntegra eletronicamente ou no acervo da biblioteca da escola de enfermagem da USP (EEUSP). DISCUSSÃO: Para uma assistência eficaz, a enfermagem necessita das tecnologias em saúde (leve, leve-dura e dura), as quais, nem sempre estão acessíveis, especialmente nas instituições públicas de saúde. A escassez de profissionais pode dificultar a aplicação das tecnologias, principalmente da tecnologia leve, a qual se dá na formação de vínculos, acolhimento e atendimento humanizado, entre o profissional e a usuária. A falta deste recurso dificulta o acolhimento da demanda espontânea necessária em casos de mulheres vítimas de violência, e prejudica o aconselhamento a mulher atendida pelo serviço. É oportuno citar ainda a relevância das demais tecnologias que auxiliam no desempenho do cuidado em saúde, a tecnologias dura e a leve-dura, sendo a primeira caracterizada por equipamentos, máquinas e normas, e a segunda, referente às especialidades médicas que tratam a paciente, especialmente no ambiente hospitalar. Quando relacionada ao cuidado á mulher, a tecnologia leve-dura inclui o estudo e a investigação da gestação, do parto e do puerpério, nos seus aspectos fisiopatológicos. As tecnologias em saúde, quando associadas, se tornam um fator essencial para o acolhimento á mulher, pois intensificam a resolubilidade das atividades laborais do enfermeiro. CONCLUSÃO: Destarte, é nítida a importância do uso das tecnologias em saúde na assistência integral à saúde da mulher, visto que a dificuldade dos profissionais de saúde em utilizar essas tecnologias está intimamente relacionada à escassez de recursos humanos e/ou físicos, que gera um conflito no processo relacional entre o enfermeiro e sua clientela.