Anais - 15º CBCENF
Resumo
Título:
PERFIL SOCIOECONÔMICO DE PACIENTES COM ÚLCERA VENOSA NO AMBULATÓRIO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES
Relatoria:
ISADORA LORENNA ALVES NOGUEIRA
Autores:
- ANA LUISA BRANDÃO DE CARVALHO LIRA
- ANA BEATRIZ DE ALMEIDA MEDEIROS
- MARIA DAS GRAÇAS MARIANO NUNES
- BIANCA FERREIRA MOUSINHO RÊGO
Modalidade:
Pôster
Área:
Vulnerabilidade social
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O processo de transição demográfica, ao longo dos últimos anos, mudou o foco da predominância de doenças infecto-contagiosas para doenças crônicas (DC) ou não transmissíveis. As DC têm evolução gradual e duração indefinida, com alto risco de recidiva. É o caso das úlceras venosas (UV), que vêm se elevando mundialmente, sendo superior a 4% em maiores de 65 anos, prevalente no sexo feminino e recorrente em 60% a 72% dos casos. Objetivo: Conhecer o perfil socioeconomicamente dos pacientes com UV atendidos no Ambulatório de Clínica Cirúrgica do Hospital Universitário Onofre Lopes, no município de Natal/RN. Materiais e métodos: Estudo quantitativo, transversal e descritivo, aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa do referido hospital sob protocolo CEP 608/11 e CAAE 0038.0.294.000-11. A coleta de dados ocorreu mediante roteiro sistematizado de entrevista aplicado a uma amostra de 18 pacientes com UV durante os meses de fevereiro e março de 2012. Foram analisadas as variáveis: sexo, ocupação, situação conjugal, atividade física, idade, anos de estudo e renda familiar. Resultados: O estudo mostrou que houve prevalência do sexo feminino (66,7%), fato que pode estar relacionado a uma maior predominância de fatores contribuintes para o desencadeamento de UV, como gestação, paridade, longevidade, varicosidade e uso de anticoncepcionais orais. A idade média foi de 61,3 anos, o que justifica o fato de 50% da população ser aposentada. A situação conjugal foi analisada devido à importância de um cuidador presente, 55,6% da amostra era casado ou tinha uma união consensual. Em relação à realização de atividade física, apenas um paciente realizava. A ausência de exercícios pode ser explicada pelo tratamento de UV requerido para os clientes, que são elevação e repouso dos membros afetados. Baixos níveis de escolaridade também podem influenciar no atraso da cicatrização, assim, ao avaliar os anos de estudo, obteve-se uma média de 5,11 anos. Quanto à renda familiar, que teve uma média de 1347,67 reais, observou-se que a baixa renda influencia negativamente no acesso aos serviços de saúde, aos cuidados com a saúde, o acesso aos recursos materiais e o comportamento saudável no ambiente domiciliar. Conclusão: Os dados encontrados a partir do estudo estão em concordância com o relatado na literatura. Assim, observa-se a importância da caracterização dessa clientela a fim de se traçar uma assistência de enfermagem de qualidade.