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Anais - 15º CBCENF

Resumo

Título:
O IMPACTO DO ESTIGMA SOCIAL NA VIDA DE PESSOAS ACOMETIDAS POR HANSENÍASE, UMA REVISÃO TEÓRICA
Relatoria:
LEYA CYNTIA PEREIRA DOS SANTOS
Autores:
  • FRANCISCA GOMES BRANDÃO
  • ALESSANDRA REIS FEITOSA
  • JOSIVALDO DE SOUSA POLICARPO
  • DENNYS DA COSTA CARVALHO
Modalidade:
Pôster
Área:
Vulnerabilidade social
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A Hanseníase é uma patologia milenar que traz consigo um histórico de grande estigma e preconceito principalmente social quanto ao paciente hansênico, embasados na transmissibilidade e na possibilidade de mutilação do indivíduo. No Brasil é considerado um problema de saúde pública e uma doença de notificação compulsória com um bom índice de cura. É uma doença infecciosa e contagiosa, causada pelo Mycobacterium leprae, tendo este alta infectividade e baixa patogenicidade. OBJETIVOS: Descrever as consequências que a doença pode trazer para as pessoas acometidas; analisar como o estigma social afeta a vida de uma paciente com hanseníase. METODOLOGIA: trata-se de uma pesquisa de caráter bibliográfico, desenvolvido no período de maio de 2012, através do levantamento de dados em livros, manuais do Ministério da Saúde e artigos da revista científica online Scielo, no recorte temporal de 2008 a 2011, sobre o estigma social ao paciente com hanseníase. RESULTADOS: A hanseníase apresenta além dos agravantes inerentes a qualquer doença de origem sócio-econômica, uma repercussão psicológica gerada pelas incapacidades físicas, que ocorrem devido a alterações nas funções neurais, processos inflamatórios, úlcera plantar, anquilose, lagoftalmo, garras etc. Estas incapacidades constituem, na realidade, a grande causa do estigma e isolamento do paciente na sociedade. Ao contrário da crença popular, o paciente em tratamento de hanseníase pode conviver com a família, no trabalho e na sociedade, sem qualquer restrição. Há três tipos de estigma: o relacionado com as abominações do corpo, o relativo às culpas de caráter individual e o relacionado com as tribos, raças, nação e religião. Todos eles convergem para uma característica comum de um indivíduo que na relação social com os demais, possui um traço que pode se impor a uma atenção especial, e que em geral, afasta aqueles que encontram, destruindo a possibilidade de atenção positiva para si. CONCLUSÃO: Apesar da evolução e da melhora na qualidade da assistência prestada aos doentes de hanseníase, em nosso país, observa-se ainda a presença da estigmatização da doença, evidenciando-se a necessidade de priorizar políticas públicas de saúde que visem inseri-los socialmente. Dessa forma, a concepção social da patologia poderá ser modificada, quando não houver incapacidades físicas e a informação for mais socializada para que clientes familiares e sociedade se sensibilizem e sejam envolvidos no processo.