Anais - 15º CBCENF
Resumo
Título:
PRODUÇÃO CIENTÍFICA SOBRE ÓBITOS MATERNOS NO BRASIL
Relatoria:
PRISCILA RODRIGUES MOURA DE CARVALHO
Autores:
- Andreia Rodrigues Moura da Costa Valle
Modalidade:
Pôster
Área:
Vulnerabilidade social
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Morte materna é a morte da mulher durante a gestação ou no período de até um ano após seu término, independente da duração ou localização da gravidez, por qualquer causa relacionada ou agravada pela gestação, ou por medidas tomadas com relação à gestação, excetuando-se, porém as causas acidentais ou incidentais. A morte materna pode ser classificada em dois grupos, o dos óbitos por causas diretas e o por causas indiretas. As mortes obstétricas diretas são aquelas que resultam de complicações obstétricas na gravidez, parto e puerpério, devidas a intervenções, omissões e tratamento incorreto. As mortes obstétricas indiretas são as que resultam de doenças existentes antes da gravidez ou que se desenvolvem durante a gravidez. Objetivo: Conhecer o perfil da mortalidade materna por meio de uma revisão da literatura. Metodologia: Trata-se de um estudo bibliográfico, no qual foi realizado um levantamento da produção científica relacionada à mortalidade materna na base de dados SciELO, referente ao período de 2005 a 2011. Na busca, foram detectados 79 artigos relacionados ao tema nesta base de dados, e após análise, resultaram em 11 produções cientificas que atenderem aos critérios prévios de inclusão. Resultados: Destacaram-se as regiões Sul e Sudeste do país que concentram a maioria das publicações. Quanto às temáticas focalizadas nestas produções destacam-se o perfil socioeconômico; causas; estatísticas e local de ocorrência dos óbitos. A morte materna prevalece na faixa etária de 19 a 29 anos, entre mulheres solteiras e de baixa renda. As causas obstétricas diretas são responsáveis pela maior parte dos óbitos. Além disso, as mortes predominam na região nordeste, centro-oeste e norte, respectivamente e quanto ao seu local de ocorrência constata-se o ambiente hospitalar com maior destaque. Percebeu-se que grande parte das mortes maternas pode ser evitável por meio de assistência de qualidade ao pré-natal e ao parto, visto que a maioria é decorrente de causas obstétricas diretas, mas especificamente as hemorragias e hipertensão arterial. Conclusão: A redução das taxas de mortalidade materna necessita, além de estratégias políticas, da capacitação dos profissionais da área da saúde, para um diagnóstico precoce da vulnerabilidade da gestante e o acionamento de medidas que evitem a ocorrência da mesma como a atuação efetiva de comitês de mortalidade materna integrados a um sistema de vigilância epidemiológica.