A transmissão do HIV/AIDS é um importante problema de saúde pública mundial que atinge a população nas suas diferentes faixas etárias. Isso suscita à importância de discutir os fatores que influenciam a vulnerabilidade dos jovens a contaminação pelo vírus. Objetivou-se nesse estudo “verificar o conhecimento e a possível relação deste com o cuidado diante do comportamento sexual dos jovens universitários dos cursos de graduação do CAMEAM/UERN e as situações de vulnerabilidade de contaminação por HIV/AIDS”. Para isso, verificou-se o nível de conhecimento à cerca das formas de transmissão e prevenção HIV/AIDS; caracterizou-se o comportamento sexual nas relações afetivas dos jovens universitários diante da vulnerabilidade do contágio pelo HIV/AIDS; identificaram-se os aspectos psicossociais que influenciam a adoção ou não de métodos de barreira à transmissão do HIV por via sexual; e verificou-se a dimensão sócio-cultural do HIV/AIDS para estes jovens. Aplicou-se 430 questionários com os universitários de 18 e 20 anos de idade, que assinaram o TCLE. Agrupamos os dados em gráficos e tabelas temáticas e a análise processou por estatística simples em termos percentuais. Mediante os resultados foi possível inferir que os universitários têm conhecimento sobre as formas de transmissão e prevenção do HIV/AIDS, mas que isso não anula a sua vulnerabilidade social. Isso ocorre pela não adoção do uso da camisinha nas relações sexuais. Esse comportamento é influenciado por aspectos sociais e afetivos, a relação de confiança estabelecida entre os parceiros em relações estáveis. Os universitários iniciam seus relacionamentos sem conhecer seu status sorológico, já que a busca pela realização do teste anti-HIV não se mostrou uma realidade em situação de comportamento vulnerável. O problema HIV/AIDS tem impacto social moderado quando se refere ao estabelecimento de relações de amizade com pessoas soropositivas. O preconceito existe quando a relação entre os sujeitos ocorre mediante a possibilidade de contatos íntimos. O estudo demonstrou a necessidade de investimento em programas educativos que incentivem o debate sobre o comportamento sexual dos jovens e o uso da camisinha. As campanhas educativas precisam abordar os aspectos inerentes aos comportamentos vulneráveis que os jovens assumem nas relações afetivo-amorosas. É necessário o incentivo à realização do teste sorológico anti-HIV, haja vista, sua importância da detecção e tratamento precoce de novos casos.