Introdução: As cidades, como lugares privilegiados do impacto da modernização, atraíram um grande contingente populacional nas últimas décadas. Devido à nova organização do trabalho nascida desse contexto, surgem os estudos dos determinantes sociais de saúde os quais inferem que as condições de vida e trabalho dos indivíduos e de grupos da população estão relacionadas com sua situação de saúde. Os estudos sobre a tuberculose mostram que o padrão de ocorrência da doença está relacionado diretamente aos determinantes sociais, estruturados nos modos de produção e reprodução da sociedade. Em dados, a média brasileira de casos de tuberculose é de 32 por 100 mil e, em Pernambuco, 48 por 100 mil. Alta densidade demográfica, concentrações populacionais em zonas urbanas, classe social baixa, pouca/baixa renda, aglomeração, doenças crônicas não transmissíveis, migrações, difícil acesso às unidades de saúde, dentre outros fatores determinantes contribuíram para que a tuberculose se disseminasse com maior facilidade provocando danos à população. Objetivo: Identificar no estado de Pernambuco, no período de 2011-2012, a prevalência de casos de tuberculose nas cidades mais populosas do estado, como Caruaru, Gravatá, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista, Petrolina, Recife, São Lourenço da Mata e Vitória de Santo Antão, a fim de corroborar com a afirmativa de que a tuberculose pode ser estudada a partir dos determinantes sociais. Metodologia: Trata-se de um estudo quantitativo, transversal no qual a coleta de dados foi feita através do Sistema Nacional de Agravos de Notificação no período de 2011-2012. Foram avaliadas as variáveis, Ano, UF de notificação, Zona Residência, Sexo, Faixa Etária, Raça e Tipo de Entrada. Resultados: Constatou-se que nessas cidades 67% dos casos eram do sexo masculino, acometendo 78% da população em idade produtiva (20-59 anos). Além disso, verificou-se que 90% dos casos proviam de Zonas Urbanas onde 67% desse percentual concentravam na capital pernambucana. Encontramos 56% de acometimento da raça parda e 78% de casos novos como tipo de entrada. Conclusão: Desta forma, analisando os percentuais dessas variáveis sociais podemos inferir que a tuberculose está associada diretamente com os determinantes sociais, sendo, pois, de difícil manejo o seu controle uma vez que envolve mudanças no quadro social, econômico e sanitário dos grupos populacionais do país ou, neste caso, de Pernambuco.