INTRODUÇÃO: Atualmente, um elevado número de homens, em especial, acima dos 60 anos, apresentam problemas relacionados à próstata. Dentre as afecções que acometem esta glândula estão a hiperplasia prostática benigna (HPB) e o câncer de próstata. A prostatectomia é, então, uma das formas de tratamento para tais patologias. E pacientes em pós-operatório de prostatectomia ficam sujeitos a eventos adversos, como risco de quedas. Destarte, torna-se necessário identificar os fatores de risco que contribuem para o aumento da vulnerabilidade do indivíduo. Remetemos-nos, então, ao Processo de Enfermagem como ferramenta metodológica para identificar tais riscos. OBJETIVO: Identificar os fatores de risco condizentes ao diagnóstico de enfermagem (DE) “Risco de quedas” de pacientes em pós-operatório imediato de prostatectomia. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo quantitativo, transversal e descritivo, realizado em um Hospital Universitário do município de Natal, Rio Grande do Norte. A população foi composta por pacientes submetidos a prostatectomia, tendo a amostra de 50 pacientes os quais atenderam aos critérios de inclusão e exclusão. A coleta de dados deu-se de novembro/2010 a abril/2011 através de um roteiro de entrevista e exame físico baseados na taxonomia II da NANDA-I. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética recebendo o protocolo nº 130/10. RESULTADOS: Constatou-se entre a amostra que 100% apresentaram o DE “Risco de quedas”. Identificando-se um total de 17 fatores de risco. Com relação aos fatores ambientais, foram encontrados: Ambiente com móveis e objetos em excesso (100%); Ausência de material antiderrapante no Box do chuveiro (100%); Pouca iluminação (6%); Quarto não familiar (100%). Dentre os fatores identificados que fazem jus ao perfil senil da população, encontramos: história de quedas (18%); idade acima de 65 anos (66%); uso de dispositivos auxiliares (4%). Os demais fatores identificados foram referentes a condições fisiológicas, são eles: anemias (2%); condições pós-operatórias (100%); dificuldade de marcha (2%); dificuldades auditivas(26%); dificuldade visual(34%); equilíbrio prejudicado(30%); falta de sono(6%); força diminuída nas extremidades inferiores(2%); hipotensão ortostática(18%) e mobilidade física prejudicada (4%). CONCLUSÃO: Acredita-se que este trabalho contribuirá para o planejamento e implementação de ações de enfermagem eficazes que busquem minimizar a vulnerabilidade desta população quanto ao risco de quedas.