Trata-se de um estudo a cerca do planejamento da implementação da SAE em uma penitenciária de segurança máxima. George e outros (2000) descreve o processo de enfermagem como o esquema subjacente que propicia a ordem e direção ao cuidado de enfermagem. Quando consideramos a atuação do enfermeiro em um ambiente prisional, podemos esperar maiores dificuldades em relação á implementação da SAE e da utilização do processo de enfermagem. Este estudo tem por objetivo descrever a implementação da SAE em um ambiente de segurança máxima, trazendo um paralelo entre a fase de planejamento para implementação da SAE em unidades extramuros e em um ambiente prisional de segurança máxima. Metodologia: levantamento bibliográfico a cerca da temática da sistematização da assistência de enfermagem e da atenção de enfermagem em ambiente prisional. Foram realizadas buscas nas bases de dados BDENF, SCIELO, MEDLINE e LILACS; periódicos e livros. Contribuiu a experiência vivenciada por um dos autores em um ambiente prisional de segurança máxima. Resultados: Um ambiente penitenciário de segurança máxima é um exemplo de instituições cuja atividade-fim diverge de uma instituição de saúde. Em uma penitenciária federal o serviço de enfermagem está inserido em uma equipe de saúde multidisciplinar, sendo subordinada a chefia do serviço de saúde, cargo nem sempre ocupado por um enfermeiro. Torna-se difícil vislumbrar uma gestão participativa por parte da enfermagem em instituições cuja finalidade não é o bem-estar do indivíduo. A assistência à saúde em uma penitenciária de segurança máxima é baseada nos mesmo instrumentos legais que a norteiam nas outras unidades penais do país. Entretanto, trata-se de um ambiente focado na “segurança máxima”, sendo os aspectos relativos a assistências colocados em um segundo plano. Neste cenário, algumas iniciativas de enfermagem podem ser vistas como pontos fragilizadores da segurança. Considerações Finais: Há, portanto, dentro das penitenciárias federais, a necessidade dos enfermeiros se conscientizarem da importância de aplicação de um método para sistematizar a assistência. É essencial que os profissionais busquem alternativas adequadas às suas realidades, e assumam um posicionamento no sentido de proporem uma metodologia de assistência diferente, calcada em uma resolução de problemas com base científica e que consequentemente gera benefícios à clientela e a instituição.