O presente estudo trata-se de um relato de experiência do trabalho de Enfermeiros Pediátricos como voluntários locais no programa humanitário Operação Sorriso. A Operação Sorriso é uma Organização não governamental que atende crianças, adolescentes e adultos que nasceram com algum tipo de anomalia crânio-faciais ao redor do mundo inteiro. Dentre estas anomalias, as mais comuns são: o lábio leporino que são as fissuras labiais e a fenda palatina. Essas anomalias são congênitas e muito estigmatizantes para a criança e sua família, gerando desordens na esfera biológica, social e psicológica. Este mutirão ocorreu na segunda semana do mês de Agosto do ano de 2011 em um Hospital Universitário de Grande Porte do Estado do Rio de janeiro, foram atendidos, 103 pacientes em 6 dias, dentre estes, 11,65% eram lactentes, 15,53% pré-escolares, 9,70% escolares, 18,44% adolescentes e 44,66% adultos. Estes pacientes vieram de vários locais do Estado do Rio de Janeiro. A equipe de Enfermagem era composta por seis Enfermeiras voluntárias com experiência e a equipe de enfermagem do Hospital Universitário. Dentre estes voluntários existiam enfermeiros, técnicos de enfermagem e residentes de enfermagem. O cuidado de enfermagem pré-operatório é fator primordial que afeta diretamente no trans e pós-operatório. As orientações pré-operatórias fornecidas à criança e à família proporcionam vantagens inquestionáveis na recuperação global da criança sob o ponto de vista orgânico e psíquico. Estas orientações minimizam o impacto da hospitalização e desmistificam o processo cirúrgico. Destes pacientes 100% das complicações ocorreram em adultos. No momento do pós-operatório as ações foram voltadas para a prevenção de complicações do ato anestésico-cirúrgico, prevenção e alívio da dor. Os enfermeiros eram responsáveis pela admissão/avaliação, quanto à dor e sangramento, aprazamento dos horários de administração de analgésicos e antibioticoterapia. Além de realizar a limpeza da ferida operatória. O cuidado de enfermagem deverá ser centrado na criança e na família, entendendo que a participação familiar no processo saúde e doença da criança é primordial para a obtenção do sucesso no tratamento. Fica a lição do total desprendimento da equipe diante da grande carga de trabalho e o espírito de humanidade em atender o paciente em todas as suas necessidades e a grande recompensa, que se resume ao sorriso e agradecimentos das criança e de seus familiares.