Para promover um bem-estar adequado à mulher durante o período gestacional, a assistência à saúde da parturiente vem sendo objeto de estudo. Dessa forma, o Ministério da Saúde defende que é fundamental promover a humanização do parto a fim de obter uma adequada assistência à gestante. Objetivou-se analisar a implementação das estratégias preconizadas pelo Ministério da Saúde para a promoção do parto humanizado em um Hospital de Morada Nova-Ceará. Trata-se de um estudo transversal e quantitativo, realizado nos setores de obstetrícia, sala de parto e alojamento conjunto do referido hospital. Os dados foram coletados por meio de entrevista e analisados através do programa estatístico EpiInfo. O projeto foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da Faculdade Católica Rainha do Sertão (protocolo 20100119). Participaram do estudo 19 mulheres na faixa etária de 13 a 41 anos, sendo a maioria solteira (78,9%) e com o ensino médio incompleto (68,4%). Os resultados indicaram que a maioria não teve direito a acompanhante, tampouco pôde escolher o tipo de parto. Cerca de 90% foram incentivadas ao aleitamento materno imediatamente após o nascimento do bebê, 89,5% não receberam medicamentos para controle da dor, 52,6% relataram uso de indutores para contrações, 100% negaram o uso de clister evacuativo, 73,7% submeteram-se à episiotomia e outras 73,7% precisaram fazer a tricotomia pubiana antes da realização do parto. No tocante à atuação da equipe de enfermagem, cerca de 63% afirmaram terem recebido por parte dos enfermeiros informações sobre os cuidados ao recém nascido. Os dados apresentados permitem concluir que, embora a instituição não tenha legalmente a estratégia implantada, muitas das ações preconizadas já fazem parte da rotina institucional. No entanto, lacunas precisam ser preenchidas no que diz respeito à legalização da implementação, bem como a efetivação das demais ações, proporcionando assim um cuidado de qualidade.