Introdução: O câncer gástrico é uma doença mundial, sendo responsável pela maioria das causas de morte relacionadas a câncer nos países com alta incidência e de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA, 2002), 95% dos cânceres gástricos são do tipo adenocarcinoma e atualmente o câncer gástrico é o 2° mais comum do mundo e tem alta incidência e mortalidade no Brasil. Este estudo é um relato de experiência vivenciado em aulas práticas de centro cirúrgico, o qual surgiu da necessidade realizarmos a sistematização da assistência de enfermagem (SAE) no centro cirúrgico durante a realização de cirurgia oncológica, visto que tal prática não faz parte da rotina hospitalar Objetivos: Relatar a SAE a um paciente portador de câncer gástrico no intraoperatório de gastrectomia total com anastomose em Y de Roux esôfago-jejunal. Métodos: Descrição dos cuidados e intervenções de enfermagem prestados a um paciente com câncer gástrico durante o intraoperatório de gastrectomia total a partir da SAE, realizado no Hospital Público referência em assistência oncológica e doenças crônicas degenerativas do Estado do Pará. Resultados: A SAE é uma metodologia de trabalho que direciona as práticas assistenciais, onde o cuidado é estudado, permitindo o profissional organizar as suas intervenções e planejamentos, além de ampliar o foco da assistência para todas as esferas que envolvem o ser humano. A incorporação da SAE dentro do ambiente cirúrgico torna a enfermagem mais científica e o cuidar da enfermagem mais humanizado, contínuo e adequado a cada paciente, caracterizando a sua prática profissional, facilitando a tomada de decisões do enfermeiro, em relação à assistência, promoção da saúde e prevenção de complicações no período de recuperação pós-anestésica, além de permitir uma maior integração com a equipe multidisciplinar. Conclusão: Apesar da SAE ser um instrumento validador da prática profissional do enfermeiro, à medida que a mesma lhe proporciona a aplicação de seus conhecimentos teórico-práticos, é ainda sublimado da rotina hospitalar, especialmente do centro cirúrgico, devido as dificuldades destes profissionais em conciliar as diversas atividades que lhes são competente, o que engloba desde a gerencia do setor até a assistência propriamente, o que acaba resultando a não aplicação da metodologia dentro do ambiente cirúrgico.