INTRODUÇÃO: Do que somos feitos? Para responder, devemos primeiro entender como nos tornamos tão parecidos. Aquilo que herdamos que nos é comum como humanos e nos torna únicos existe através da ação dos genes. A informação contida neles é o que direciona o desenvolvimento biológico do organismo. De acordo com a literatura, para apreciar a relação dos genes com o comportamento, é importante entender que eles não governam o comportamento diretamente. Até o ponto em que os genes influenciam o desenvolvimento de características da personalidade eles o fazem através do direcionamento do funcionamento biológico do corpo. Todo comportamento tem um componente genético, mas sua manifestação depende de fatores ambientais. OBJETIVO: Buscar um melhor entendimento sobre a influência da hereditariedade nos traços de personalidade. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica, cujos dados foram coletados através do levantamento de produções científicas sobre biologia, psiquiatria, psicologia geral e da personalidade, produzidas entre os anos de 1990 e 2008. As bases utilizadas para a coleta de dados foram os livros de manual de exame psíquico, psicologia e psicopatologia dos transtornos mentais, biologia, psicologia, personalidade e o Google Acadêmico. Os conteúdos temáticos encontrados nos resumos dos trabalhos foram categorizados em: “A genética pode determinar nossa personalidade?”, “Personalidade” e ‘’anatomia da personalidade’’. RESULTADOS: O estudo mostrou que a hereditariedade não é causa direta da personalidade. E que a hereditariedade da espécie reúne todas as características de uma determinada espécie, onde todos os membros das mesmas as possuem. E essas características possibilitam ou limitam o comportamento através das diferentes estruturas orgânicas herdadas. CONCLUSÃO: Mesmo que de forma indireta, a hereditariedade influencia nossa personalidade. Ela se faz importante por ser através dela que as características dos pais são transferidas aos seus descendentes; por influenciar as estruturas orgânicas a responderem a estímulos; por determinar possibilidades e limitações ao comportamento; por produzir mudanças na estrutura do corpo, no funcionamento das glândulas e do sistema nervoso; por estabelecer comportamentos instintivos e etc. “Assim, todo comportamento tem um componente genético que interage com sociedade para moldar o jeito de ser de cada pessoa”.