Introdução: A tuberculose (TB) é mundialmente um importante problema de saúde, exigindo desenvolvimento de estratégias para o seu controle, considerando aspectos humanitários, econômicos e de saúde pública. Os casos novos no mundo chegam a 9,27 milhões, destes, 500 mil são de TB-MDR. É importante destacar que anualmente ainda morrem 4,5 mil pessoas por TB, doença curável e evitável. As taxas de cura inferiores à meta preconizada de 85% e de abandono superiores a 5% demonstram a necessidade de aumentar a qualidade na cobertura do TDO no país. Objetivo: Observar a resposta do TDO ao resultado do tratamento de TB-MDR. Metodologia: O estudo foi do tipo estudo de caso, realizado na Unidade Saúde da Família (USF)-Pedreira, no município de Mojú, com um usuário da USF que evoluiu para uma TB-MDR. Os dados foram colhidos através de informações contidas no prontuário e bibliografia do Ministério da Saúde. Resultados: T.C.B., 28 anos, iniciou o tratamento para TB pulmonar no município de Ananindeua/Pa, e agora é residente do município de Mojú/Pa, onde dava seguimento ao tratamento. Após 4ª dose do 1º tratamento, o resultado BK-escarro estava positivo para +++ nas duas amostras. Suspeitou-se de um possível TB-MDR. Foi, então, encaminhado ao Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), referência no tratamento de TB no Estado do Pará, onde ficou internado 6 dias do mês de Fevereiro/2012. A instituição pediu que o antigo tratamento fosse encerrado por abandono. Seguida alta hospitalar e retorno para sua residência, foi reiniciado o esquema básico para TB pulmonar. Após isso, houve novamente o abandono do tratamento. Foi então que o HUJBB decidiu formar um tratamento compartilhado, entre o hospital e o município de Mojú/Pa, onde aquele ficaria responsável pelas consultas e exames laboratoriais, bem como dispensa do medicamento para tratamento, e este, em fazer o TDO, através USF-Pedreira. Conclusão: O usuário está em tratamento para TB-MDR com duração de, no mínimo, 18 meses. Faz uso regular de medicação via intramuscular e oral. Vários são os pontos de questionamento: resistência à Rifampicina e Isonizada; negligência nas autoadministrações dos medicamentos e no TDO; não adesão ao tratamento; preconceito e desinformação sobre a doença. É preciso capacitar os profissionais nos moldes do Programa Nacional de Humanização, para cuidar de tal clientela, fazer busca dos comunicantes, incentivar o seguimento do tratamento, entre outras ações para o combate a TB.