Introdução: O câncer é uma patologia de difícil aceitação, tanto pela criança acometida pela doença, como por seus familiares e a equipe de profissionais de saúde que os acompanha. O objetivo deste artigo é realizar uma revisão bibliográfica a respeito da relação entre o enfermeiro, a criança oncológica e seus familiares, refletindo assim sobre o papel exercido por ambos envolvidos no processo da oncologia pediátrica. Metodologia: O presente trabalho configura-se como uma revisão de literatura, em que foi realizada uma pesquisa nas bases de dados da BVS e SCIELO. Os critérios para a inclusão das referências bibliográficas foram: os artigos estarem em português; e terem como descritores: a enfermagem pediátrica, criança, família, enfermagem familiar e doenças crônicas. Foram encontrados 20 artigos dos quais utilizamos quatro, os quais atendiam a estes critérios. A exclusão dos 16 artigos se deu devido ao fato de estarem em outras línguas que não fosse o português. Resultados: O cuidar/cuidado da criança com câncer deve abranger as necessidades físicas e também as necessidades psicológicas e sociais, incluindo personalização da assistência, promoção de cuidados traumáticos e direitos a informação. Dentre os problemas enfrentados na oncologia pediátrica podemos nos deter principalmente ao impacto da criança com câncer no sistema familiar, desde os longos períodos de hospitalização, terapêuticas intensivas com efeitos indesejáveis do próprio tratamento e reinternações constantes, até a separação dos membros familiares nos períodos de internações. O papel do enfermeiro diante destas situações é de extrema importância, devido ao fato de serem responsáveis por desenvolver atividades com a criança e seus familiares buscando sempre o bem estar físico, mental e social de ambas as partes. Considerações finais: As diferenças individuais de cada criança com câncer e seus familiares, são importantes na assistência em enfermagem, a qual não deve ser voltada apenas para a criança, mas também para os familiares que as acompanham e para a própria equipe de saúde presente em todo o processo patológico. Portanto, o enfermeiro, juntamente a uma equipe multidisciplinar, deve ser preparado para o cuidar de forma integral, considerando sempre as dimensões psicossociais da família e do paciente, e não apenas a doença em si.