Introdução: O câncer é um conjunto de doenças que por muitas vezes está ligado ao estigma de dor e morte. Tendo a enfermagem preocupação em cuidar do paciente em todas as suas etapas do processo de adoecimento, geralmente, neste cuidado, o profissional se envolve com o paciente ultrapassando a barreira do conhecimento técnico e científico. Objetivo: Identificar os aspectos emocionais da enfermagem frente ao paciente com câncer através da busca de evidências disponíveis na literatura. Metodologia: Foi realizada uma revisão integrativa através dos bancos de dados da BVS, de artigos completos, incluindo dissertações, publicados no Brasil entre os anos de 2006 e 2011, utilizando os descritores “enfermagem” e “câncer”. Resultados: O cuidar de enfermagem é uma dinâmica de troca e interação, que se estabelece através da confiança, do respeito, ética e experiência compartilhada de vida. A oncologia é um ambiente de grande exigência técnica científica e psicológica ao profissional, tanto pela alta complexidade dos tipos de câncer, quanto pelas manifestações de cada paciente. Nela, o enfermeiro se depara, em sua rotina, por diversas situações de sofrimento que também o leva a sofrer. Sentimentos de frustrações, impotência, tristeza, emoção, resistência em manter laços afetivos com o paciente por medo de sofrer, despreparo para lhe dar com a morte, são os mais relatados na literatura e estes, muitas vezes, conduzem ao profissional a quadros patológicos de estresse mental. Conclusão: Nesta revisão foi evidenciada a grande quantidade de profissionais vítimas do estresse mental, desencadeado tanto pelas próprias condições de trabalho quanto pela forte carga emocional que estes são submetidos. Tendo como resultados, repercussões negativas nas atividades profissionais e pessoais. Também foi observado que a quantidade de trabalhos publicados no Brasil referentes a esta temática ainda é escassa.