A amamentação é um processo fisiológico que traz benefícios tanto para a criança (nutrição adequada, desenvolvimento fisiológico, cognitivo e emocional e defesa contra inúmeros agentes agressores) quanto para a mãe (fortalece o vínculo afetivo entre mãe e filho, pois favorece um contato mais íntimo entre os dois, promove a diminuição do sangramento pós-parto, faz o útero voltar mais rápido ao tamanho normal, diminui o risco de câncer de mama e ovários e economiza em gastos com leite, mamadeira, chupeta, etc.). O aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida é o único alimento de que a criança necessita, sendo imprescindível estimular a amamentação de forma que esta se torne prazerosa para ambos. Diante desse contexto, faz-se necessário mais estudos que proporcionem uma ampla compreensão sobre os benéficos para a mãe e o bebê, não só fisiológicos e nutricionais mas os psicossociais. O presente relato tem como objetivo descrever as percepções dos alunos do curso de enfermagem da Universidade Federal de Campina Grande, a respeito do incentivo ao aleitamento materno exclusivo na área de abrangência de uma unidade da Estratégia Saúde da Família, na qual residem 32 gestantes e 30 puérperas, localizada na cidade de Cajazeiras – PB. Trata-se de um relato de experiência desenvolvido no período de Maio a Novembro de 2011. Neste período, foram realizadas escutas individuais e rodas de conversa, nas quais eram abordadas questões pertinentes a relação entre a amamentação e o desmame precoce e como isto afetaria a relação mãe-filho. Durante as conversas percebeu-se que havia a necessidade de quebrar tabus e possibilitar novas percepções sobre a temática. Desse modo, constatou-se a relevância do contato entre acadêmicos, gestantes e puérperas a fim de favorecer e fortalecer ações que preconizam o aleitamento materno exclusivo e que proporcionem meios para que este aconteça de forma efetiva.