O aleitamento materno é considerado um dos pilares fundamentais para a promoção e proteção da saúde da criança e da mãe. Entretanto, diversos estudos têm apontado que a prática da amamentação está em declínio, mostrando a necessidade de expansão das atividades de promoção ao aleitamento materno. O grande desafio que se apresenta é a capacidade de compatibilizar os determinantes biológicos com os condicionantes psicológicos sociais e culturais. Assim, o processo de aleitamento materno necessita ser compreendido de forma ampla, na medida em que é um ato compartilhado e, portanto regulado pela sociedade. Deste modo, esta proposição tem como objetivo relatar as vivências de gestantes e puérperas quanto ao processo de amamentação, a partir das experiências vivenciadas em um projeto de extensão desenvolvido numa comunidade da cidade de Cajazeiras-PB, no período de maio a dezembro de 2011. Neste período, haviam cadastradas na Estratégia Saúde da Família desta comunidade trinta puérperas e trinta e duas gestantes. Durante a realização do projeto foram desenvolvidas visitas domiciliares, oficinas e rodas de conversa. Além disto, foram realizadas dinâmicas e técnicas corporais. Percebeu-se que estas atividades foram indispensáveis, pois permitiram um aprimoramento dos conhecimentos por parte destas mulheres, possibilitando uma melhor qualidade de vida tanto materna quanto infantil. As atividades desenvolvidas possibilitaram uma maior adesão das gestantes e puérperas ao aleitamento materno exclusivo e a compreensão da sua importância no processo de desenvolvimento da criança. Observou-se que estas mulheres passaram a entender que a amamentação não é um ato mecânico e que para desenvolvê-la de forma harmoniosa e eficaz é preciso que estejam seguras e confiantes. Pode-se perceber a necessidade de valorizar estas mães que não são apenas “um seio”, mas um ser dotado de sensações, valores, ansiedades e saberes e que precisam ser respeitadas e apoiadas para vivenciar este momento em sua plenitude. Assim, as experiências aqui relatadas enfatizam a importância do cuidado às gestantes e puérperas em uma perspectiva biopsicossocial, sendo primordial ouvir e partilhar vivências para planejar uma assistência que favoreça melhores condições de amamentação, além de prevenção e promoção de saúde.