A Organização Mundial da Saúde em 2005 indicou os três pilares da estrutura política para o envelhecimento ativo: participação, saúde e segurança, que devem ser observados para que os idosos participem da sociedade de acordo com as suas necessidades, desejos e capacidades. No Brasil, em 2003, o Estatuto do Idoso no parágrafo IV indica a necessidade de viabilização de formas alternativas de participação, ocupação e convívio do idoso com as demais gerações. Nesse contexto, os grupos de idosos vão de encontro à promoção do envelhecimento ativo, com o objetivo de preservação das capacidades e do potencial de desenvolvimento do indivíduo idoso. O estudo propõe relatar a experiência vivenciada pelo grupo de estudantes de enfermagem e professores no desenvolvimento de ações de saúde a um grupo de idosos. O estudo ora apresentado é um relato de experiência de natureza descritiva. Os participantes são os 100 idosos cadastrados no grupo “Amigos de Irmã Fernanda”, que residem próximo da Universidade Federal de Campina Grande/UFCG/Campus de Cajazeiras/PB e que são atendidos pelas equipes do Programa de Saúde da Família do bairro. As ações de saúde eram realizadas nas salas de aula da UFCG, e no salão paroquial da igreja São José Operário. Dentre as ações de saúde desenvolvidas destacam-se: orientações sobre higiene corporal e bucal, orientação nutricional, atividades físicas, atividades lúdicas e de lazer. O trabalho da equipe de alunos e professores teve como ganho: fortalecimento do vínculo dos idosos com os alunos e profissionais de saúde do Programa de Saúde da Família, a socialização do idoso, conscientização para o autocuidado principalmente no que concerne ao uso de medicamentos e das doenças crônicas não transmissíveis, melhoria da autoestima, e consequentemente da qualidade de vida. Conclui-se que o trabalho desenvolvido no grupo de idosos pelos alunos e professores trouxe mudanças significativas nos aspectos biopsicossociais dos participantes, uma vez que não se limitou a utilizar práticas normativas, repetitivas e verticalizadas, e sim, a participação efetiva dos sujeitos, estimulando-os a autonomia na realização das atividades.