INTRODUÇÃO: a ocorrência do câncer do colo do útero tem sido associada a infecção pelo HPV, que de forma lenta e assintomática desenvolve lesões no colo, que podem ser identificadas por meio de exames preventivos periódicos, a citologia oncótica, conhecido popularmente como papanicolau. Esta pesquisa é parte do trabalho monográfico “Fatores associados à realização do papanicolau”, que teve como objetivo analisar os fatores ligados à realização do papanicolau como exame de rotina por mulheres de uma unidade básica de saúde do interior do Maranhão. METODOLOGIA: pesquisa exploratória descritiva que utilizou como critério a amostra não probabilística por acessibilidade, realizada em uma unidade básica de saúde na cidade de Itapecuru-Mirim/MA. Tentou-se alcançar um número máximo de mulheres em comparação aos atendimentos citopatológicos realizados na mesma época do ano anterior à pesquisa (353 citopatológicos no município), obtivemos um total de 85 (24,08%) participantes. Foram utilizados formulários estruturados com perguntas fechadas. A pesquisa decorreu em janeiro do ano corrente, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. Os dados foram analisados através do Microsoft Excel. RESULTADOS: a maioria das participantes conhecem o real objetivo do exame (64,71%), porém muitas desconhecem ou se confundem (35,29%), sendo este exame específico para identificar lesões precursoras do Câncer do Colo do Útero (CCU). 69,42% afirmaram fazer o exame por sê-lo de rotina e bom para saúde, o que pode revelar nestas um auto-cuidado satisfatório. O medo do resultado foi o principal sentimento relatado pelas mulheres (28,99%), sendo que também é motivo dificultador para realização do exame (23,53%). CONCLUSÃO: neste estudo encontramos que a maioria das participantes possuem uma percepção satisfatória em relação ao exame citológico, referiram não se opor ao exame, encarando-o com naturalidade e anuência, porém esta pesquisa não pode inferir se estas o fazem como rotina ou não. Contudo, o enfermeiro tem a responsabilidade de trabalhar com educação em saúde sempre, tendo em vista que ainda existe muita resistência ao exame de papanicolau, deve ainda, agir de forma incessante na tentativa de capturar cada vez mais mulheres para o rastreamento, primando pela educação em saúde, qualidade do atendimento e busca ativa daquelas que são consideradas de risco para o Câncer do Colo do Útero.