O risco para o paciente adquirir infecção em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é elevado, por ser um local em que o paciente precisa estar continuamente monitorizado, devido à gravidade de sua patologia, necessitando da introdução de dispositivos invasivos, tanto para obtenção de informações precisas, quanto para a realização de condutas adequadas no uso da terapêutica medicamentosa. Daí, a importância de se identificar os procedimentos invasivos em pacientes críticos para que haja uma avaliação da necessidade inicial de colocação ou da permanência dos mesmos nos pacientes. Assim, o presente estudo teve como objetivo: identificar a prevalência dos procedimentos invasivos realizados nos pacientes internados em UTI. Tratou-se de um descritivo e transversal. A amostra foi composta por todos os pacientes internados na UTI durante o período de coleta de dados, em um hospital privado, mas que atendia a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) do município de Fortaleza - Ceará. O instrumento de coleta de dados utilizado foi um formulário estruturado, abordando questões referentes aos dados de identificação e aos dados fisiológicos relacionados ao tratamento do paciente. Os dados obtidos foram ordenados em tabelas, indicando as freqüências absolutas e percentuais a partir do Excel 2007. O projeto foi encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa para apreciação e aprovação (CEP: 08628414-2). Os resultados obtidos foram: no período da coleta dos dados, 29 pacientes foram acompanhados, incluindo homens e mulheres a partir de 18 anos de idade, nestes, em 86,20% dos pacientes, foi realizado a passagem de sonda vesical de demora; em 65,51% dos pacientes, foi inserido a sonda nasogástrica; praticamente, metade dos pacientes acompanhados, 48,27%, encontrava - se haviam sido; em 27,58% dos pacientes, foi introduzido algum tipo de dreno, geralmente, nos pacientes cirúrgicos; observou-se ainda que, em todos os pacientes, foram puncionados acessos venosos, sejam eles, periféricos, 41,37% ou centrais, 58,63%; o catéter para realização de hemodiálise foi colocado em 10,34% dos pacientes. Concluiu-se que a realização de procedimentos invasivos é importante, entretanto, pode aumentar o risco do paciente adquirir infecção devido a cuidados que podem estar relacionados com a técnica de colocação do dispositivo invasivo, com a higiene diária do paciente ou com o uso prolongado dos dispositivos pelos pacientes.