O desempenho cardíaco e a função renal são estreitamente interligados tanto fisiologicamente quanto em situações de doença. A síndrome cardiorrenal é um termo atual utilizado para descrever uma extensa variedade de situações clínicas que envolvem o agravamento concomitante da função renal e cardíaca. Este estudo pretende apresentar as definições existentes da Síndrome Cardiorrenal, a sua epidemiologia, descrever os conhecimentos atuais acerca da fisiopatologia e a sua relação com as intervenções terapêuticas, fatores de risco para doenças cardiovasculares e renais e apresentar algumas estratégias atuais e tecnologias futuras na tentativa da preservação do rim, principalmente no decorrer da descompensação da insuficiência cardíaca crônica. Para alcançar o objetivo proposto, foi selecionado como método para a presente investigação a revisão integrativa da literatura, como uma técnica de pesquisa que reúne e sintetiza o conhecimento científico produzido. A causa exata da deterioração da função renal e o mecanismo subjacente a esta interação são complexos, de natureza multifatorial e não totalmente conhecidos na atualidade. Na síndrome cardiorrenal tem-se uma constelação de potenciais fatores de risco modificáveis para doença cardiovascular que tem também alto risco para doença renal, assim como outros fatores, como tabagismo, hipertensão, dislipidemia, idade e diabetes mellitus são também fatores de progressão para a doença renal. Por meio da presente revisão integrativa, foi possível visualizar que a definição de síndrome cardiorrenal varia segundo os grupos de trabalho, não existindo uma que seja aceita consensualmente. A causa exata de deterioração da função renal e o mecanismo desta interação coração-rim são complexos e não totalmente conhecidos na atualidade. O tratamento disponível continua a ser meramente clínico baseado no estado e nas condições do paciente, tratando cada enfermidade na sua individualidade e não como um sistema complexo de interação coração-rim. Nesta revisão, é importante observar a escassez de materiais disponíveis, a inconclusão entre os materiais na condução do paciente com SCR, no diagnóstico precoce e no tratamento. Dentre os artigos selecionados observamos a prevalência de artigos produzidos por médicos, sendo que somente um artigo selecionado era de enfermagem. É importante mencionar a falta de protocolos sobre a assistência de enfermagem no paciente acometido de SCR, na condução deste e a atuação do enfermeiro e equipe.